O procurador Regional Eleitoral de São Paulo, Luiz Carlos dos Santos Gonçalves, manteve a sentença do juiz eleitoral de Paulínia, Carlos Eduardo Mendes, que cassou o mandato e os direitos políticos do prefeito Dixon Carvalho (PP). Ele foi condenado por abuso de poder econômico e captação ilícita de recursos financeiros, na campanha de 2016. A decisão já foi encaminhada ao juiz responsável pelo caso no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que após analisar os argumentos da defesa e da acusação vai proferir o seu voto, que deverá ser votado também pelo plenário do tribunal.
A DENÚNCIA
Dixon foi denunciado por ter declarado à Justiça Eleitoral que vendeu um imóvel de sua propriedade ao pai dele, o ex-prefeito de Paulínia, Benedito Dias de Carvalho (PP). O dinheiro, segundo Dixon, teria sido investido na sua campanha à prefeitura.
No entanto, em depoimento, Benedito disse que para viabilizar a operação e adquirir o imóvel do filho, precisou vender alguns lotes pertencentes à empresa Dias Carvalho Administradora de Bens Próprios Ltda.
A venda foi feita ao empresário Geraldo Antonio Baraldi, de Campinas. Ocorre que os lotes passaram a pertencer a uma empresa da qual o ex-prefeito é sócio administrador. Na visão do procurador, a venda foi fraudada para alimentar o caixa de campanha.