A empresa enviou comunicado aos trabalhadores informando o recolhimento neste mês, mas o banco não recebeu o ofício da entidade, alegando que o processamento dos pagamentos leva até 20 dias
O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Campinas e Região, Izael Soares de Almeida, compareceu à Caixa Econômica Federal, na última sexta-feira (20) para solicitar, por meio de ofício, informações sobre o pagamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) dos funcionários da Sancetur, operadora de parte do transporte escolar em Paulínia. A empresa entregou um comunicado aos trabalhadores informando sobre o recolhimento do benefício, neste mês de setembro.
A Caixa se recusou a receber a solicitação, segundo o sindicalista, alegando que o processamento dos pagamentos leva de 15 a 20 dias, caso tenham sido efetivados. Segundo o órgão, a confirmação poderá ser obtida por certidão, após esse prazo. “Vou questionar o setor jurídico, para verificar se tem outro meio do banco confirmar esse recolhimento, pra ver se é realmente verdade. Estamos cumprindo o nosso papel”, assegurou Izael Almeida.
O sindicalista denunciou a situação ao Jornal Tribuna neste mês de setembro, informando que, além de funcionários da Sancetur, em Paulínia, trabalhadores das empresas Sou Indaiatuba e Sou Valinhos – que operam o transporte urbano nesses municípios – estariam impedidos de realizar o saque do FGTS por falta de recolhimento do benefício, por parte do Grupo Sancetur. As regras sobre a liberação do FGTS pelo pelo Governo Federal foram divulgadas no final de julho.
Em assembleia realizada no dia 14 de agosto, tanto os funcionários da Sancetur, em Paulínia, quanto a vice-presidência da entidade decidiram suspender uma greve, que havia sido agendada para dia 15 do mesmo mês, porque o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT-15) tinha acatado o pedido de dissídio coletivo dos trabalhadores. Os funcionários da Sancetur solicitam reajuste salarial de 6%; aumento de 8% sobre os benefícios e que a empresa regularize os pagamentos do FGTS e recolhimentos do INSS.
A Sancetur não se pronunciou sobre o não recolhimento das parcelas do INSS, no comunicado distribuído aos funcionários de Paulínia.