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Criança morre após ataque de cão em Paulínia

Cão que atacou a criança é parecido com o da foto: raça São Bernardo não tem histórico de ataques violentos contra os donos

Garoto, de 1 ano e 2 meses, foi mordido pelo cachorro da raça São Bernardo da própria família. Segundo delegado, caso foi ‘fatalidade’, pois o animal é considerado dócil

 “Ninguém consegue acreditar no que aconteceu”. É dessa forma que Márcio Antônio Alves, tio da criança que morreu ao ser atacada pelo cachorro da família, da raça São Bernardo, resume o sentimento da família após o acidente. Samuel Palma Alves, de 1 ano e dois meses, será foi enterrado na tarde desta sexta-feira (10) no Cemitério Municipal de Paulínia.

O garoto estava em casa no Jardim Planalto, na tarde de quinta-feira (9), com o pai e o irmão mais velho quando ocorreu o ataque. Segundo Alves, o cão estava preso no quintal e o pai, o pastor Edgar Batista Alves, não viu quando a criança saiu do interior da residência e foi ao encontro do animal.
O menino foi mordido no abdômen e teve ferimentos na artéria ilíaca, causando uma hemorragia interna. Samuel foi levado para o centro cirúrgico do Hospital de Paulínia e os médicos iniciaram procedimentos cirúrgicos por conta das lesões causadas pelas mordidas do São Bernardo, mas a criança não resistiu aos ferimentos e morreu de parada cardiorrespiratória.
Segundo relatos, o cachorro já tinha mostrado sinais de agressividade com o menino por ciúmes. A mãe teria pedido para o pai se desfazer do cachorro, mas ele não havia conseguido uma pessoa para adotar o cão.
“O cachorro balançou o menino no ar, como se fosse um boneco de pano”, contou o tio. Segundo ele, o animal, que estava com a família há cerca de dois anos, era manso e não costumava ficar preso. “Não dá pra entender o que aconteceu, era um cachorro muito calmo e dócil, o pai e a mãe dele estão devastados”, disse. O pai havia buscado o menino mais cedo na creche, pois estava de folga e queria passar um tempo com o filho. A mãe, que trabalha em uma escola da cidade, não estava em casa no momento do acidente.

Animal para adoção

O animal foi encaminhado para o Departamento de Zoonoses da cidade e deve ficar em observação por 10 dias. Segundo a diretora da Vigilância em Saúde Sandra Soares, o São Bernardo é calmo, tem um comportamento tranquilo e não apresenta sinais de maus tratos. “Ainda não dá para avaliar o que desencadeou esse comportamento agressivo, é difícil dizer”, explica Sandra. A diretora informou que após o período de observação, o cão será encaminhado para adoção.

Fatalidade
Segundo o delegado Luiz Antônio Correia da Silva, responsável pela investigação, o caso foi registrado como “morte a esclarecer”. “Foi uma fatalidade, uma coisa que gerou uma consternação geral, uma situação muito triste”, disse.