A ferramenta se destina a vítimas de violência doméstica
Desde o mês de março, 22 pessoas se cadastraram para usar o aplicativo (App). Dessas, onze ocorrências foram geradas pela ferramenta. Em julho houve prisão em flagrante de um agressor, depois que a vítima acionou a corporação, que chegou em poucos minutos ao socorro. As autoridades explicam que o crescimento da adesão ao sistema se deve à divulgação da tecnologia, que ainda está no início.
A Guarda Civil de Paulínia (GC) implementou a tecnologia para que as vítimas de violência doméstica possam acionar a polícia rapidamente em caso de emergência e diminuir o tempo de atendimento numa ocorrência. Por meio dela, a vítima chama a viatura mais próxima e os guardas têm acesso à localização, via GPS, ao cadastro dos envolvidos e já sabem que tipo de ocorrência vão enfrentar.
O “Botão do Pânico” começou a funcionar em março, depois da iniciativa do guarda Diogo Antônio Ferreira, graduado em Tecnologia da Informação e pós-graduado em Engenharia de Banco de Dados, que teve a ideia para ajudar as vítimas. “Como já tinha noção do mecanismo, decidi criar o botão. Vemos as pessoas fragilizadas, poucas dão continuidade com a representação na Justiça contra o agressor e, em alguns casos, a demora para chamar a polícia, numa emergência, pode ser fatal”, justifica.
O App, disponível para aparelhos com sistema Android, é liberado para quem já sofreu algum tipo de violência doméstica e registrou boletim de ocorrência na delegacia da cidade. “Assim que a pessoa nos procura com a queixa, nós orientamos todo o processo e oferecemos o serviço do aplicativo. Caso a vítima tenha interesse, é gerada uma chave de acesso para o uso. Ela faz o cadastro e assim, fica tudo no sistema. Numa emergência, a vítima só aperta o botão e, em minutos, os guardas podem chegar ao local, sem precisar dar informações, como seria numa ligação ao 190 convencional”, explica o secretário de Segurança de Paulínia, Romeu Aparecido Joanini.
A Delegacia de Polícia Civil de Paulínia registra um caso de violência por dia, em média. Até o dia 30 de agosto, foram registados 290 casos deste tipo. No ano passado inteiro foram contabilizadas 429 ocorrências.