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Paulínia vive instabilidade política há seis anos

Paulínia vive em instabilidade política. No dia em que o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) cassou o mandato do então prefeito Dixon Carvalho, e do vice, Sandro Caprino, determinando a saída imediata do cargo, foi promovida a 11ª troca de chefe do Executivo no município em seis anos.
O presidente da Câmara de Vereadores, Du Cazellato, foi empossado como o novo responsável pela administração da cidade e se tornou o sexto nome diferente na cadeira desde 2013.
Dixon Carvalho e Sandro Caprino tiveram os cargos cassados após a prestação de contas da campanha de 2016 ter sido reprovada pelo TRE.
Prefeito e vice entraram com recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em caso de aprovação do recurso, eles voltam ao cargo, mas, se tiveram o pedido negado, serão convocadas novas eleições na cidade.
Em 2017, a Justiça Eleitoral havia cassado os mandatos de Dixon e Sandro por abuso do poder econômico, por causa dos recursos usados na campanha eleitoral de 2016. Os dois permaneceram nos cargos, mas, em agosto, ocorreu uma nova decisão, desta vez do TRE.
Instabilidade
A crise política em Paulínia começou ainda durante o pleito eleitoral de 2012. O ex-prefeito Edson Moura (MDB) lançou a candidatura ao cargo máximo do Executivo da cidade, mas foi barrado pela lei da ficha limpa por suspeita de compra de votos e renunciou à chance de concorrer um dia antes da eleição. O substituto do emedebista foi o filho, Edson Moura Júnior. Como não havia tempo hábil para mudança na urna, a foto que apareceu foi a do pai, que estava inelegível.

Edson Moura Junior então foi eleito no dia 7 de outubro de 2012, com 20.385 votos, que representavam 41,01% dos válidos em Paulínia. No entanto, o Ministério Público Eleitoral (MPE) considerou a manobra na véspera da eleição ilegal, além de ter o objetivo de “enganar o eleitor” e transferir os votos de pai para filho.

Por conta da recomendação da Promotoria, o juiz eleitoral da cidade impugnou o registro do prefeito eleito e declarou José Pavan Junior (PSB), o segundo candidato mais votado com 34,99% dos votos, o novo chefe do Executivo.

Pavan tomou posse no dia 1º de janeiro de 2013, mas ficou apenas seis meses no cargo. Após recurso, o Tribunal Superior Eleitoral deu ganho de causa a Moura Júnior, que assumiu a Prefeitura no dia 16 de julho de 2013. A partir daí, iniciou-se uma briga judicial para que o novo prefeito continuasse no cargo.

A primeira saída de Moura Júnior aconteceu no dia 11 de abril de 2014, quando o então presidente da Câmara, Marquinhos Fiorella (PP), assumiu pela primeira vez. Contudo, quatro dias depois, o filho de Edson Moura voltou ao cargo por meio de uma liminar. Depois disso, Moura Júnior saiu e deixou a Prefeitura outras quatro vezes, sendo cassado em definitivo no dia 3 de fevereiro de 2015.

Após a “era Moura Júnior” na Prefeitura de Paulínia, Sandro Caprino, atualmente vice-prefeito cassado e à época presidente do Legislativo, assumiu por dois dias até que Pavan Júnior fosse chamado novamente para assumir, em 6 de fevereiro de 2015.

O tucano ficou no cargo até o fim do mandato, dando lugar a Dixon Carvalho, eleito em 2016 com 34,37% dos válidos. Ele assumiu no dia 1º de janeiro de 2017. As informações são do portal G1.

Linha do tempo na Prefeitura de Paulínia desde 2013

Prefeito Período
José Pavan Júnior (PSB) 1º de janeiro de 2013 – 15 de julho de 2013
Edson Moura Júnior (MDB) 16 de julho de 2013 – 11 de abril de 2014
Marquinhos Fiorella (PP) 11 de abril de 2014 – 15 de abril de 2014
Edson Moura Júnior (MDB) 15 de abril de 2014 – 30 de novembro de 2014
Marquinhos Fiorella (PP) 1º de dezembro de 2014 – 1º de dezembro de 2014
Edson Moura Júnior (MDB) 1º de dezembro de 2014 – 4 de dezembro de 2014
Marquinhos Fiorella (PP) 4 de dezembro de 2014 – 10 de dezembro de 2014
Edson Moura Júnior (MDB) 11 de dezembro de 2014 – 3 de fevereiro de 2015
Sandro Caprino (PRB) 4 de fevereiro de 2015 – 6 de fevereiro de 2015
José Pavan Júnior (PSDB) 6 de fevereiro de 2015 – 31 de dezembro de 2016
Dixon Carvalho (PP) 1º de janeiro de 2017 – 7 de novembro de 2018
Du Cazellato (PSDB) 7 de novembro de 2018 – atual
Fonte G1

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