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Polícia Federal cumpre mandados contra fraudes no Auxílio Emergencial em Paulínia e região

Ao todo, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, sendo seis na cidade.
A Polícia Federal (PF) cumpriu, na manhã da última sexta-feira (16), mandados de prisão e de busca e apreensão na região de Campinas, em uma operação contra fraudes no Auxílio Emergencial. Segundo a investigação, a organização criminosa causou um prejuízo de R$ 135 mil a pelo menos 225 famílias.
O objetivo, segundo a investigação, é desmantelar uma organização criminosa, com pelo menos oito pessoas, que utilizava programa de computadores para retirar o dinheiro da conta dos beneficiários. O grupo transferia o valor por meio de boletos gerados em sites de sistema de pagamentos ou através de transações eletrônicas.
Ao todo, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, sendo seis em Paulínia e dois em Sumaré, além de um de prisão temporária em Paulínia. As ordens foram expedidas pela 9ª Vara Federal de Campinas.
Foram apreendidos documentos, veículos, dinheiro e equipamentos eletrônicos. O homem preso em Paulínia, de acordo com a PF, é um jovem que ostentava uma vida de luxo nas redes sociais. Os investigados vão responder pelos crimes de furto mediante fraude, falsidade ideológica, estelionato e formação de organização criminosa. As penas podem chegar a 30 anos de prisão.
“Eles usavam um software automatizado, que gerava números de CPF e esses números eram testados no banco de dados da Caixa Econômica Federal. A partir da validação desse número, eles usavam ele para obter acesso ao benefício. Em alguns casos, as contas estavam no nome dos investigados, isso nos causou surpresa e facilitou para a gente”, disse o delegado chefe da Polícia Federal em Campinas, Edson Geraldo de Souza.
Operação Botter
Na região de Itapetininga (SP), a corporação deflagrou outra operação contra desvios no Auxílio Emergencial.
Policiais federais foram as ruas para cumprir oito mandados de busca e apreensão – três em Tatuí, um em Boituva, três em Paulínia e um em São Paulo.
Também há um mandado de prisão preventiva contra um suspeito de fraudar 170 benefícios durante a primeira etapa do Auxílio Emergencial na pandemia, em 2020. Segundo a PF, o prejuízo chega é de R$ 435 mil. A operação recebeu o nome de Botter por se tratar de pessoas que operam “robôs”, chamados de “boots”.